texto tecido desvendado — Manual dos discursos literários #4

A criação, edição e o consumo de textos e dos discursos literários tem seu proposito de entender essas esses pilares principais, uma das tarefas da disciplina é de recorrer a alguns textos teóricos que nortearão o entendimento da complexidade do objeto de estudo.

Assim, faz presente as reflexões de Dominique Maingueneau e importantes na hora de desvendar um texto — ou seja o fala, para quem se fala, qual o intuito e seu papel social de quem fala. Todos esses fatores são essenciais na hora da leitura, do entedimento e da compreensão na hora de se olhar criticamente a um discurso que foi posto.

A partir dessas reflexões, entende-se o conceito de cenas enunciativas, propostas por Maingueneau (2004, p. 85): “um texto não é um conjunto de signos inertes, mas o rastro deixado por um discurso em que a fala é encenada”. Sendo assim, compreende-se a fala sendo encenada podendo depreender sobre as cenas propostas pelo autor — cena englobante, cena genérica e cenografia — a cena englobante atribui ao discurso um estatuto pragmático, ela integra em um tipo, ou seja é a que corresponde ao tipo de discurso; a cena genérica é a do contrato associado a um gênero, mas construída pelo próprio texto e a cenografia é a instituição de uma cena que via sendo validade progressivamente por intermédio da própria enunciação.

Além disso, a cenografia permite entender os percursos de um discursos, os entrelaçamentos e os caminhos feitos.